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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

1.3 - ECONOMIA nos anos 80 (Parte 2)


As raízes dessa crise, que se manifesta inicialmente como uma crise de endividamento externo, mas que rapidamente passa a se traduzir no desajuste interno da economia, estão nas políticas adotadas na década anterior, quando a opção pela manutenção do crescimento econômico após o primeiro choque do petróleo, e, mais do que isso, a busca do salto definitivo no aprofundamento do processo de substituição de importações, levaram o Estado brasileiro a assumir um padrão de financiamento baseado no crescente endividamento externo.
Neste processo, a participação do setor privado na dívida externa se reduz de 67%, no
período 1972/73 para 23% no final da década.

A crise econômica além de gerar altas taxas de desocupação masculina (4,9% no auge da crise, em 1983) e feminina (4,8%, no mesmo ano), ainda levou a uma forte retração no mercado de trabalho formal, e, em contrapartida, ao crescimento da proporção dos trabalhadores sem vínculos formais.
Nesse sentido, a participação dos empregados sem carteira assinada cresce de 41,9% em 1981 para 47,2% em 1983, e apenas em 1987 retorna a níveis próximos aos do início da década (41,7%).

Resumindo, a crise do endividamento externo manifestada na economia brasileira na década de oitenta reflete-se em desequilíbrios internos que impactam desfavoravelmente na situação
econômica da população principalmente através da queda dos níveis de emprego (e crescimento da proporção de trabalhadores sem vínculos formais) observada nos anos iniciais
da década, e da aceleração da inflação verificada mais nitidamente nos seus anos finais.

Para ser lembrado :
·         5 de novembro de 1982: entre em funcionamento a usina hidrelétrica de Itaipu.
·         1986: criado no Brasil o Plano Cruzado (plano econômico do governo Sarney que visava reduzir a inflação com tabelamento de preços).

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